Comércio ilegal ultrapassa catalogação de espécies

Pesquisadores da Universidade de São Paulo e do Instituto Butantan catalogaram duas novas espécies de aranhas caranguejeira exclusivas da Mata Atlântica. Antes de serem registradas, porém, os autores encontraram exemplares em comércio ilegal na Europa, desde 2006.
A Avicularia sooretama, coletada no Espírito Santo, e a Avicularia gamba, do sul da Bahia, fazem parte de um estudo de classificação de espécie, recentemente divulgado pela revista Zootaxa. Uma terceira espécie da Mata Atlântica também faz parte da pesquisa, a Avicularia diversepes, mesmo conhecida, recebeu uma nova descrição, mais detalhada do que a original de 1842.
Segundo os pesquisadores, poucos biólogos se dedicam na catalogação das espécies de caranguejeiras, pois elas são muito parecidas. Tão parecidas que, para a surpresa dos autores, as espécies não-catalogadas já eram produto de comércio ilegal no exterior. “Levamos um susto, porque enquanto estávamos escrevendo o artigo recebemos um e-mail com fotos que comprovavam a existência do comércio desses animais na Europa”, comentou à Agência FAPESP Rogério Bertani, um dos autores da publicação. O espanto era evidente pois se tratavam de espécies de difícil acesso no Brasil sendo comercializadas em oito países no exterior.
Com as espécies devidamente registradas, os autores pretendem propor aos órgãos de fiscalização nacionais a adequação das aranhas na categoria de ameaçadas de extinção.
 


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